Costumo comparar o festival da canção aos nossos sucessivos governos eleitos democraticamente desde 1974… um desastre…
A diferença entre ambos é que o 1º (o festival da canção claro) começou uns anos antes, em 1964, 2 de Fevereiro mais precisamente…na Cadeira do poder Xô Salazar, todo poderoso, no pódio António Calvário com a sua “Oração”…depois foi a ida a Copenhaga e o enxovalho dos ZERO pontos que nos deram, sim senhor uma óptima Figura.
Mas como somos um povo que não baixa os braços a nada, no ano seguinte, 1965, voltámos a insistir, na cadeira do poder o mesmo senhor, no pódio do festival, a bela Simone de Oliveira com o “Sol de Inverno”, tivemos 1 ponto e o brilhante penúltimo lugar e nesse tempo ainda estávamos à frente da Espanha, se fosse hoje… adiante, e mais um melão que seria o segundo de muitos outros que viríamos a trazer da bela e simpática Europa.
A diferença entre ambos é que o 1º (o festival da canção claro) começou uns anos antes, em 1964, 2 de Fevereiro mais precisamente…na Cadeira do poder Xô Salazar, todo poderoso, no pódio António Calvário com a sua “Oração”…depois foi a ida a Copenhaga e o enxovalho dos ZERO pontos que nos deram, sim senhor uma óptima Figura.
Mas como somos um povo que não baixa os braços a nada, no ano seguinte, 1965, voltámos a insistir, na cadeira do poder o mesmo senhor, no pódio do festival, a bela Simone de Oliveira com o “Sol de Inverno”, tivemos 1 ponto e o brilhante penúltimo lugar e nesse tempo ainda estávamos à frente da Espanha, se fosse hoje… adiante, e mais um melão que seria o segundo de muitos outros que viríamos a trazer da bela e simpática Europa.
1966, ano lindo esse, o xô Salazar cada vez mais fervoroso nos seus ideais e Angola sempre nossa, e inaugura-se a ponte Salazar e no festival inaugurou-se a Madalena Iglésias com um “Ele e Ela” que lá fora obteve o 13º lugar, uma oxaria portanto…. E viva a ponte HEY!
No ano da graça de 1967, Xô Salazar fazia contas à vida e Eduardo Nascimento fazia contas aos pontos que o levava à Europa com “O Vento Mudou”, como prenda trouxe um 12º lugar, também quem nos mandou levar um preto para os países nórdicos… depois admiram-se…
Em 1968, Salazar deu-lhe a travadinha (como é usual nos nossos políticos) e deu o tacho a Marcello Caetano, o tacho da viagenzinha paga para a Europa saiu a Carlos Mendes com o seu “Verão” e como a música era linda de morrer ficámos em 11º lugar, estávamos no bom caminho sim senhor.
Marcello Caetano continuava bem sentadinho na sua poltrona e já íamos em 1969, um ano bonito provocado pelos dois últimos dígitos, Simone volta a querer ser enxovalhada e ganha com a mítica “Desfolhada” e leva a cantora a Madrid, para trazer o miserável 15º lugar, só não percebo como a receberam em braços em Santa Apolónia depois do mísero lugar que obteve.
1970, um ano maravilhoso, o ano do meu nascimento, e apesar do Xô Marcello ainda lá estar, os ventos de mudança já se faziam sentir, Portugal fez boicote à Eurovisão por causa de um escândalo que se passou no ano anterior com compra de votos e coisas do género, mas cá a festa linda do festival foi organizada (afinal todos os anos também há santos populares….), ganhou Sérgio Borges com a canção “onde vais rio que eu canto” , como prémio de consolação, teve uma viagem paga até aos terrenos do futuro aeroporto da OTA….
Já está grande este post? Pois está mas a pastilha do festival nunca mais acaba, por isso cá vai mais um ano… 1971, eu já falava Búlgaro e o xô Marcello (com 2 ll se faz favor), cada vez mais caquéctico…. Portugal faz as pazes com a eurovisão e leva à Europa a Tonicha (por favor a senhora do ora zumba na caneca), com a canção “Menina” e com ela a melhor pontuação de sempre… o 9º lugar, ah ganda Tonicha!!!
Em 1972, os cravos já se preparavam para o grande evento e ao mesmo tempo preparava-se Carlos Mendes que esse ano fora apresentado pelo Xô Carlos Cruz (Cruzes credo canhoto, ainda bem que o festival só aceitava concorrentes maiores de idade), a canção chamava-se “ A festa da Vida” e deu-nos a Portugal um honroso 7º lugar, e com ela a distracção do povo que não tinha tempo para se revoltar da miséria em que vivia.
1973, Xô Marcello andava desconfiado com os patos bravos que andavam por aí, ao pódio subia Fernado Tordo com a sua “tourada” que mais não foi do que uma festa brava na Europa.
E eis que chegamos a 1974, um ano LINDO, Xô Marcello foi com os porcos e sobe ao pódio Adelino da Palma Carlos, o Festival elege Paulo Carvalho com “E depois do Adeus”, e adeus disseram os Europeus ao dito senhor depois do o ouvir cantar, 14º lugar toma e embrulha.
Chegámos à Liberdade e 1975, foi um ano muito fino para o festival, mas isso vem para outras núpcias, e mais tarde continuarei a saga.
O post está enorme??? Pois está mas o que é que querem, tivemos todas as hipóteses de desistir do recorrente enxovalho mas não aprendemos facilmente……
Um dia destes conto o resto até lá…
26 comentários:
Meu Querido Mocho,
O tal Festival começa logo por enfermar de erro no nome. Não se trata de nenhum Fesival da Canção, mas sim de um Festival de Editoras... ou de Etiquetas, e como por aqui não há uma coisa nem outra, palavras para quê? São artistas portugueses e alguns até cantam bastante bem mas não têm qualquer hipótese.
Quanto a mim, há muitos anos que desisti de ver... pensava até que já não participávamos. :)
Um [] festivaleiro. :)
Minha amiga, não podes perder, é sempre uma pérola, para rir não há melhor...
Greece 12 points!
La Grece 12 points
Beijocas cantaroladas
Vamos aguardar as restantes bicadas...
Bom fim de semana.
Olá Mocho....
Bom dia...
Tiveste uma ideia genial... adorei...
fico aguardando ansiosa pela continuação...
Bjs
A conversa sobre a TONICHA depois do jantar,e ñ quero dizer que o "branco verde"tivesse alguma influencia,inspirou-te.Bom trabalho e espero a conclusão.
guess who I am ?
Olá ... peço desculpa mas não vou conseguir dizer grande coisa porque ainda me estou a recuperar de ter ouvido esta música às 9.40 da matina ... isto é muito violento ...
Já volto ...
Beijo a Caminho da Desintoxação Auditiva ~:o)
enxovalhada é o que me sinto a ouvir esta coisa que há 17264634 anos que não ouvia...
Oh Mocho, não podes comer mesmo mais pó branco!
"Com o País de Tanga e a arder, o Primeiro Ministro vai para mariquices em África" - Quitéria Barbuda in "Ó Tempo volta para trás", Revista "Espírito", nº 16, 2005.
www.riapa.pt.to
Ora chega uma gata aqui para dar o seu contributo e apanha com a Manuela Bravo!? Sobe, sobe balão sobe... ai mochinho para o que te havia de dar...
A verdade é que adorei ler este post e soube-me muito bem reviver esta história festivaleira. Um beijo.
Realmente... nunca fui muito adepto do festival, pq para mais sempre axei injusta as votações, muitos interesses por trás.
O Festival é algo muito estúpido. lololol
o post está enorme? um bocadinho... porém está fantástico. os primeiros revivi-os. dava tão poucas coisas na televisão que o festival era um aconrecimento nacional. depois perdi-me e... ainda dá o festival?
abraço da leonor
heheeheheh tanta festa :O)
do q este mocho se lembra hehehehh
bjinho
Não fazia ideia que o festival da canção era tão grande... ;)
Independentemente de gostar ou não deste festival achei interessante esta viagem ao passado :)
Beijinhoo :)
Ai homem .... cá estou de novo a tentar escrever alguma coisa ... daba daba daba daba daba daaaaa..... sobe sobe balão sobe ... bem, estou ouvir esta ... esta mer... esta música de phones e mesmo assim, sinto-me tão enxovalhada ... eh pá ... não sei o que te diga ... agora vou sair rapidamente antes que tenha que chupar com isto até ao fim de novo !!!!!
Tchhhhaaaaauuuuu .....
Prometo voltar, se a coragem assim o permitir !!!! ~:o)
Na realidade acho que só o Malato é que ainda liga ao Festival da Canção
;)
São mais nova um aninho e ainda me lembro das conversas em família do "Xô Marcello, com dois LL). Devia ser por isso que preferia ver os festivais da canção :)))
Mas agora fiquei curiosa: com quem vais tu comparar as "Doce"? E o Cid? E aquele Armando (era Armando ou Arnaldo?) que casou com uma locutora de TV? E os outros que foram a Timor, Goa e Macau? E, depois desses, acho que só me lembro mais da Dulce Pontes a cantar a Lusitana Paixão...
Máximo!
Óptimo post,não só pelo trabalho de pesquisa realizado como pela estrutura e organização de ideias.
A relação festival-governo é muito interessante e não sabia que eras um interessado na matéria.
Abraço.
Qual enorme, qual quê... está é pequenino pah... agora fiquei cheio de curiosidade de saber o resto da história do festival do sudoeste... ops, engano... festival da canção (?)... LOL
Um abraço e até já...
Ai! Chorei a rir!
já cantei em uníssono com a Manéla a parte do "lá rá lá lá lá rá"!
Nunca perco o festival da canção, principalmente se for apresentado pela dinâmica Margarida Mercês de Mello (também com dois "LL").Essa mulher é o espectáculo dentro do próprio espectáculo!!!
Bj da Vespinha festivaleira. HEY!
Amigos, não fiquem desesperaos que a sag continua daqui a uns dias, por hipatia não te preocupes que vais saber toda a verdade.
É que no tempo da Margarida Mercês de Mello
não havia tant marmelo
Vespa já vi que conseguite dominar o bicho chamado Modem... ou a Netcabo deu-te uma oxaria eta noite
Bábas festivaleiros
O disco quebrouuuuuuuuuu
acabo de verificar o muito que eu evolui...já não vejo há anos e pela amostra as canções nem mereciam lá estar...é o que penso AGORA...lol
fantástico, o post...
Eu talvez por estar longe, adoro ver o festival na RTP Internacional, mas é verdade fico todos os anos decepcionada quando o nosso país nunca consegue chegar a lado nenhum...
:-(
Beijinhuu e um óptimo fim de semana
Enviar um comentário