Diário de Bordo III



O Rio ficava agora para trás mas uma nova travessia sobre a espiritualidade se abria aos nossos olhos. Estávamos prestes a assistir à verdadeira serenidade da espiritualidade que se respira pela Tailândia.

O templo ali estava, enorme, com o maior pagode do mundo, 110 metros dizem eles cheios de orgulho. Algures nos recônditos do templo encontra-se uma relíquia…um osso do próprio Buddha. Será por isso que torna este templo tão especial? Não sei, apenas agradeço à nossa guia que nos levou lá, quase isento de turismo conseguimos sentir toda a sua magnitude, poder e energia.

Aos monges não se dirige a palavra e eles por seu lado parecem estar num Universo paralelo ao nosso. As cores mais uma vez entram pelos nossos olhos adentro e alojam-se bem na nossa mente. As flores de Lótus complementam o Incenso que arde de forma constante, uma folha de ouro decora o corpo da estátua de Buddha que inicialmente se apresenta de negro e que vai ganhando tons de dourado à medida que as preces e agradecimentos aumentam.


Ali ficamos parados no meio daquela oração que nos enche a maré dos olhos e mesmo sem perceber uma palavra deixamo-nos levar pela ladainha dos sons e pela ternura dos olhos de quem pede ou agradece a Buddha a ajuda no caminho do Karma, sem penitências nem sofrimento agudo, o Budismo inspira e incentiva à bondade sem dividendos a posteriori,
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apenas é pedido que sejamos cada vez melhores como seres humanos e que nos respeitemos tal e qual como cada um é.

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E assim saímos de alma limpa com dificuldade de virar as costas ao templo que se despede de nós com um até breve…quem sabe se não nesta vida será na próxima.

Diário de Bordo II



O grande Buddha dá-nos as Boas Vindas à entrada deste rio que não pára. É um rio de vida própria, Ele é o motor que mexe aquela gente que vive, respira e ama aquele rio. São as águas que tudo dão e que tudo tiram mediante os caprichos da Natureza.

As barcaças vão em voltam em viagens estonteantes carregadas de turistas ansiosos por espreitar aquele estranho Mundo Novo.

O verde predomina e invade-nos os olhos e o tempo pára como que de propósito para podermos saborear aquele lugar único mesmo a 40 minutos da barulhenta e mística capital.


O Mercado Flutuante, lá está ele com a sua beleza muito própria, com os sorrisos a marcarem a ordem do dia e a comandar as vendas que ali se fazem de belas peças de artesanato. E as gentes…, ai as gentes é o que mais nos ficam nas memórias, sempre a lançarem simpatia, amabilidade e sorrisos, muitos sorrisos…
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Comer umas panquecas de coco numa folha de palmeira é uma experiência única e no fim agradecer com as mãos bem juntas a hospitalidade do lugar e depois voltar à barca que nos leva de novo para o mundo mais real o nosso mundo, onde tudo é mais certo e previsivel, mas isso só se passa dentro do taxi de vidros escuros que nos levam de regresso à capital, pois a saída estamos novamente numa das muitas estações do fantástico mundo Tailandês.
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E quando chegamos de novo à cidade, ao Hotel, sentimo-nos uns privilegiados por ter a felicidade e a sorte de nos ser permitido poder conhecer lugares assim.
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Diário de Bordo I


Welcome to a Magical World…é o que parece ouvirmos quando chegamos à capital da Tailândia desde 1782, ano em que Rama I decidiu que esta seria a capital do Reino do Sião que foi visitada pelos Tugas em 1511.

Banguecoque, uma Cidade cheia de contraste, divide-se entre o caos urbanístico e de ambiente poluído pela beleza estonteante dos seus monumentos e múltiplos aromas que se espalham pelo ar.

Eis a Cidade capital de uma Ásia imensa para ser explorada…os sorrisos constantes misturam-se pela beleza das orquídeas que nascem quase de modo selvagem e libertino dando cor à cidade que não dorme.

As ruas são enfeitadas por carripanas de vendedores de comida variada por Tuk Tuks que nos levam em viagens alucinantes após regatearmos o preço e gente que costura roupa nos passeios, ao fundo da avenida principal o mercado nocturno de PatPong, onde tudo se vende…onde tudo se compra à distância de um sorriso e de uma longa negociação.
E no meio da grande confusão eis que nos apresentam mesmo no coração de Banguecoque, a Cidade Antiga que hospeda o Grande Palácio e o Templo do Buda de Esmeralda (Wat Phra Keo), ambos construídos em 1783. Em tempos que já lá vão este Palácio foi a residência real sendo ainda utilizado para cerimónias de Estado e acontecimentos formais. É numa das mais belas capelas da Tailândia que está o Buda de Esmeralda, a imagem mais venerada do país
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e onde as oferendas ao Buddha se multiplicam entre flores de Lotus, diversas iguarias e claro muito incenso. Apesar dos milhares de visitantes, todos parecem respeitar o local que nos esmaga com a sua imponência da arquitectura única e do fabuloso estado de conservação, decididamente um lugar mágico que parece ter sido retirado de um filme de fadas…

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A máquina fotográfica anda num frenesim apontando para todos os lados excepto claro no interior da capela do Buddha Esmeralda que está a salvo dos flashs e da agitação do exterior, mas meus amigos por muito que se esforce, não há máquina que capte o que se vê e sente neste lugar certamente único no Mundo!

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Bom filho à casa torna


E pronto como tudo o que é bom acaba depressa, cá estou eu de volta a terras lusas depois de me ter deixado apaixonar pelo Oriente longínquo. Irei contar todos os detalhes desta viagem que me deixou muita vontade de regressar. Envolto numa grande paz aqui o vosso Mocho Falante traz soberbas recordações para a vida…
Khob Kun Ka (Obrigado) Thailand!
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