Começou o diz que disse

Hojé é um dia triste para Portugal e para todos nós.
Hoje começou a quebrar-se as promessas eleitorais (já cá faltava), quando finalmente o 1º ministro decidiu terminar o jejum de silêncio,foi para isto, dizer aos portugueses que o IVA vai aumentar para 21% e culpa de quem??? do Deficit e do governo anterior... pois é, é sempre assim, na dança das cadeiras nada mudou neste país cada vez mais triste, cada vez mais vazio de principios e honestidade.

Foi um churrilho de acusações de parte a parte

Agora pergunto eu? Então não se chama à responsabilidade os jeitosos que encheram os bolsos à nossa conta e que deixaram o país nesta miséria franciscana? Pois claro que não, esses senhores continuam com ordenados milionários numa qualquer empresa, com cargos XPTO, motoristas e afins. E quem paga a crise...a malta!!!!!!!!

Hoje foi mais um dia em que a minha crença pelos politicos desceu mais um degrau, era ve-los no parlamento, pareciam galos numa só capoeira, que VERGONHA!!!!

Hoje estou especialmente triste e desiludido, é que os pobres vão ser cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais endinheirados.

Este país que se safa do rótulo 3º mundista só porque faz parte do grupo UE, mas é um país que me envergonho, depois de assistir a tanta corrupção e INCOMPETÊNCIA de quem traça as nossas vidas como se fossem papeis não reciclados.

Hoje uma grande amiga, mandou-me o artigo de Clara Ferreira Alves que eu não posso deixar de aqui mencionar:

"De repente, o Grupo Grão-Pará é obrigado a pagar mais de uma dezena de milhões de euros que deve à Segurança Social. Pagará? Em Portugal, depois do momento inicial em que estas coisas aparecem nos jornais e são notícia, e em que toda a gente se espanta e se envergonha, caem numa espécie de modorra onde estagiam o tempo suficiente para não darem nas vistas e escaparem à lei. Existe gente presa por ter passado um cheque sem cobertura de 250 euros mas, curiosamente, ou normalmente, empresários faltosos podem enganar e evadir a lei e o fisco durante anos que nada lhes acontece.

O caso é especialmente interessante neste ponto da vida obscura do país em que os nosso economistas e políticos se preparam para nos anunciar que têm de aumentar os impostos porque se enganaram nas contas. É verdade, read my lips outra vez. O nosso défice, colado a nós como pastilha elástica, aumentou subitamente de três por cento, o de Manuela Ferreira leite, para quase oito por cento, e talvez não fiquemos por aqui. Na Europa, Barroso pode beber um champanhe no nosso funeral.

Os discursos já começaram, os ministros das Finanças e da Economia querem sacrifícios, o presidente está preocupado (seu estado natural) e o primeiro-ministro está muito preocupado. Com razão, porque sabem eles e sabemos nós quem vai pagar os oito por cento de défice, a maltratada, proletarizada, empenhada, endividada e cansada classe média. O contribuinte que paga impostos. O trabalhador por conta de outrem. Retenções de IRS na fonte vão decerto aumentar, a Segurança Social dos pobres também. Em compensação, as profissões liberais fazem empresas, médicos e advogados fazem empresas, artistas plásticos fazem empresas, cantores fazem empresas, gente da televisão faz empresas, toda a gente faz empresas, e assim dilui os seus impostos na contabilidade das empresas. Contas de spas e ginásios, artigos de luxo (presentes de negócio, claro), restaurantes caros e viagens às Caraíbas são despesas correntes da empresa. E nem falemos dos intocáveis off-shores.

Empresários como o sr. Abel Pinheiro, desde que devidamente identificados como contribuintes do partido, deixam de ser contribuintes iguais aos outros, e podem acumular dívidas deste calibre sem sanção penal. Quantos Abéis Pinheiros existem em Portugal? Muitos. Muitíssimos. Talvez eles possam, como cidadãos iguais aos outros, vir a contribuir para a resolução do défice, porque a baixa classe média já deu o que tinha a dar. Já foi sugada por todos os governos e de todas as maneiras. Está, nas imortais palavras do Barroso fugitivo, de tanga. Ou, nas imortais palavras do povo, com uma mão à frente e outra atrás."

É mesmo isto que sinto, uma revolta que assisto de mãos e pés atados, ah mas a minha boca não se cala, lá isso tenham paciência mas não!

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