Um pouco de Psicanálise

Muito se fala de Psicanálise, às vezes até a banalizamos demasiado, por isso penso que será bom registar aqui algumas informações sobre a maravilhosa descoberta de Freud que para mim foi certamente o homem do Século XX.

Cá vai então a definição de Psicanálise:
Trata-se de um procedimento para investigação de processos mentais, praticamente inacessíveis de outra forma, especialmente vivências internas e profundas como pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e sonhos; um método (baseado nessa investigação) para o tratamento das neuroses; um acúmulo sistemático de conhecimentos sobre a mente, obtidos através desse procedimento, que gradualmente está se tornando uma nova ciência.

A Psicanálise Freudiana assenta na seguinte teoria:

Freud distinguiu três níveis de consciência, em sua inicial divisão topográfica da mente:

consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.

Freud desenvolveu a teoria psicanalítica, baseado em sua experiência clínica. O ponto nuclear dessa teoria é o postulado da existência do inconsciente como:

a) um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;

b) um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma disfarçada. Sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo, são exemplos dissimulados de conteúdos inconscientes não confrontados diretamente.

Muitos experimentos da Psicobiologia vêm corroborando a validade das idéias psicanalíticas sobre o inconsciente.


ID, EGO, SUPEREGO

De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre activas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos.

Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

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