India - Diário de Bordo II


Saída para mais uma aventura, o horrível a viver paredes-meias com o hotel de 5 estrelas, a rua sem alcatrão é a casa de muitos indianos, que vivem em casebres de lata que constroem imediatamente a seguir às portas dos hotéis onde se pode mais uma vez perceber, que a Índia é também uma realidade dura longe das histórias de encantar de Marajás e Maraninis. E eis que no meio do lamaçal e do caos surgem as mulheres envergando os belos saris como se a cor fosse a fórmula mágica que se tem para disfarçar aquela imundice urbana..

Paragem: Mausoléu de Humayun! Magnifico, ao estilo de Taj Mahal, mas longe de ter a sua magia. Filho de Timur, o fundador do império Mogol na Índia, Humayun ficou sem o poder do império durante 15 anos, e recuperou o mesmo pouco antes da sua morte. A sua viúva principal manda construir este espectacular túmulo rodeado de um imenso jardim cuja água é um dos elementos principais. Com o mausoléu de Humayun, assistimos ao início da construção deste tipo de edifícios que culmina com o espantoso Taj Mahal na cidade de Agra.




No interior do edifício principal, reina a paz em absoluto silêncio quebrado apenas pelo chilrear dos pardais e pela pequena luz que se infiltra pelas belas janelas de pedra esculpidas ao pormenor.



E agora há que sair que ainda é tempo de visitar a grande mesquita Jama Masjid, mas antes há que atravessar novamente o caos pelas ruas de Velha Dehli. Fotos da mesquita não há porque no meio da confusão a máquina ficou no carro que para nós significava o paraíso que nos protegia da loucura frenética dos riquexós , motoretas, vacas, pessoas, macacos e pedintes…muitos pedintes que nos obrigavam a ignorar sob ameaça de termos mais de 50 à nossa volta caso caíssemos na tentação de olhar e dar esmola.

Com o parlamento, porta da Índia e um templo Hindu como visita extra, saímos de Dehli, e ao longe dissemos adeus ao forte vermelho que perdeu primazia face ao templo de Shiva que nos convidou a entrar antes de rumarmos a Samode….a bela vila de Samode.



Om Shanti

18 comentários:

Miguel disse...

Quando fizer a minha volta ao mundo, irei passar por este local misterioso e cheio de histórias por contar ...!

Um abraço da M&M & Cª!

Casemiro dos Plásticos disse...

Devias era escrever um livro!
Mais belo relato, parabéns.
abraço

C Valente disse...

E que vontade dá ir á India com tão bom descritivo e fotos
Saudações amigas

Anónimo disse...

Obrigada!
obrigada pela "viagem", tão belamente escrita que nos sentimos lá, com cores e cheiros...e dada a minha preguiça actual é uma benesse.
Beijo, theo

turbolenta disse...

Um país de grandes contrastes em que somos surpreendidos a todo o momento com coisas novas para os nossos olhos.
E por vezes, mesmo sem querermos acabamos por dar connosco a pensar que estamos num país tão diferente, ao qual apontamos tantos defeitos mas que no fundo acabamos por achar mais organizado e menos pobre.
Mas se todos os países fossem iguais não valia a pena viajarmos.
boa semana

susana disse...

Um texto realista a acompanhar umas imagens que não o dixam mentir.
Apesar dessa desgraça toda, não me importava nada de visitar a Índia. Só pelas fotografias que me imagino a tirar e também porque gostava de conhecer. Isso ds esmolas nem é preciso ir à Índia, estive na Tunísia e é a mesma coisa. Pedem dinares para tudo!
Vem ver as minhas fotos no deserto da Tunísia!

Gi disse...

Em Nova Delhi só estive uma vez, era pequena, mas lembro-me perfeitamente de ter ido a Agra.
Os meus pais são de Goa; Goa e Bobaim conheço melhor.

Obrigada pela visita e é claro que podes voltar.

wind disse...

Magnífca descrição:)
Beijos

Maré Viva disse...

Excelente relato de uma viagem que ainda não fiz e que portanto vou acompanhar tim tim por tim tim.
Há quem diga maravilhas, há quem diga horrores, provavelmente existirão lado a lado, cada um guardará o que mais o tocar.
Prometo voltar, para ficar com uma ideia real.
Um abraço.

Alien8 disse...

Caro Mocho,

Já o tenho dito, mas é quase como se estivesse lá. Muito bem retratada, em prosa e imagem, a realidade dura e contrastante daquele que dizem ser um dos países "emergentes".

Fico, com um abraço, à espera da continuação.

calamity jane disse...

Continuo a amar as tuas fotos de viagem, embora ache sempre q estão enfeitiçadas pois movem-se sozinhas ;-))

Lu.a disse...

Já pensaste escrever um livro sobre as tuas viagens? É que as descreves sempre tão bem...! :)

Sérgio Pontes disse...

Namastê!

tulipa disse...

POIS, A ÍNDIA É ISSO MESMO.

Quantas ruas sem alcatrão...
as suas casas e lojas na rua...
é lá que fazem quase toda a sua vida.
As lojas também são casebres de lata, achei tão estranho ver aquelas lojas, centenas delas, ao longo das estradas, principalmente nos cruzamentos de outras estradas.

Sim, a Índia é também uma realidade dura longe das histórias de encantar de Marajás.

Mas aqueles palacetes dos Marajás são MAGNÍFICOS, diz lá se não gostaste???

Foi o que mais me surpreendeu foram as cores vivas, alegres e garridas dos saris que elas envergam, orgulhosas do seu traje.
Belos saris, ADOREI.

Eu não fiz o percurso dessa forma, não fui directamente de Delhi para Samode, fiz ao contrário.

Estou a adorar acompanhar o teu diário de bordo.
Beijokas.

Ulisses Martins disse...

Pois,... India deve ser sinonimo de contrastes. Tão grande e tão pequena.
Magnificos locais.

Abraços

Maré Viva disse...

E a Índia está lá, à espera que lhe levantes um pouquinho mais o véu...
Boas Festas, felicidades para 2009-

Anónimo disse...

India!!!! Boa escolha!!!

Um dos meus sonhos...

Ainda por realizar ;)

Desejo um Feliz Natal e bom ano Novo!!!!!

E que no próximo 2009 continues a ser o único meu comentador permanente! ehehehe

beijocas

Cristina Garcia- Objectiva3

Lola disse...

Mocho,

Lindíssima a música e as fotografias.

A realidade pode ser chocante e mesmo assim de uma beleza incrível.

Beijos grandes e Bom Natal

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