E como o prometido é devido e sob o risco de sofrer acusações de escrever um post demasiado grande, aqui vai o meu relato sobre a fantástica Abadia de Glastonbury.
Godofredo de Monmouth dissera que Arthur foi levado mortalmente ferido, para a ilha de Avalon. E desde o momento em que os ossos de Arthur teriam sido encontrados em Glastonbury, junto com a cruz funerária que tinha o seu nome, esta localidade tornou-se para sempre Avalon.
O maior mistério de Glastonbury é provar se o rei Arthur está ou não está enterrado na antiga abadia. Apesar de frades afirmarem ter encontrado os restos mortais do rei e de sua esposa, Guinevere em 1190, existem ainda muitas dúvidas quanto à veracidade da história. A sepultura, no chão da abadia, foi descoberta depois de o segredo do local ter sido revelado por um trovador galês ao rei Henrique II. No entanto para os habitantes de Glostunbury, a certeza de que o Rei Arthur lá se encontra é inabalável.
Giraldus Cambrensis, um galês de ascendência parcialmente normanda, escreveu entre 1193 e 1199, a obra De Principis Instructione, onde relata que Arthur teria sido um benfeitor da abadia e que teria sido enterrado nela, já que seu corpo fora encontrado em 1190.
Jazia entre duas pirâmides de pedra que marcavam os locais de outros túmulos, a 5 metros de profundidade, envolvidos num tronco de árvore oco. Do lado de baixo do tronco que servia de caixão, havia uma pedra e abaixo dela uma cruz de chumbo na qual estavam gravadas as seguintes palavras em latim:
"Aqui jaz enterrado o renomado rei Arthur com Guinevere, sua segunda esposa, na ilha de Avalon".
Durante o reinado de Henrique II (pai de Ricardo Coração de Leão) surgiram rumores que na região oeste da Britânia, na cidade de Glastonbury estaria o tumulo de Arthur, sendo, portanto, a lendária Ilha de Avalon, e que o túmulo situava-se num local entre duas coluna, no cemitério da Abadia de Glastonbury quase cercada de pântanos e lagoas, tornando-se uma liha nos dias de chuva.
Por ordem de Hnrique II, os monges de Glastonbury iniciaram a busca do túmulo. Pouco ou nada se conseguiu descobrir, acabando por haver um incêndio na Abadia em 1184, que a destruiu quase por completo. Mas seis anos mais tarde, quando Henrique II já havia morrido, foi encontrada um túmulo com um esqueleto e uma mecha de cabelo louro e que tinha junto uma placa com a seguinte inscrição: Aqui jaz o ilustre rei na ilha de Avalon
100 Anos mais tarde o monge Adam de Domerham, escreve que retiraram os restos mortais do Rei e transladaram-no para a Grande Igreja num túmulo magnificamente esculpido, o corpo de Arthur foi colocado na cabeceira do tumulo e a rainha a seus pés e permanecem lá até aos dias de hoje.
As marcas da localização do segundo túmulo foram descobertas em 1931. A sepultura, assim como o resto da abadia, que havia sido destruída durante a reforma, no séc. XVI. Os esqueletos atribuídos a Arthur e Guinevere nunca mais foram recuperados.
Existe muita discordância sobre a autenticidade do túmulo de Arthur. Argumenta-se, que uma mecha de cabelo humano não poderá resistir a 600 anos; por isso, é possível que o cabelo louro descrito pelo monge, não tenha existido. Além disso, a cruz indicativa que foi encontrada assinalando o local da sepultura, também perdida, é hoje em dia, considerada como uma criação dos monges de Glastonbury, a fim de dar crédito à sua descoberta, e desta forma, obter uma glória maior para sua abadia.
Até pode ser lenda, mas na verdade, os habitantes de Glastonbury, mantêm viva uma história que recusam acreditar não ser verdade. Eu quis acreditar naquela bela verdade, de uma ilha de encanto, num local de lendas de dragões, poções mágicas, brumas, mistérios e muito amor
Awen!