Boas Festas; Felices fiestas; Happy Holidays;Joyeuses Fêtes

Atenção! Os diários de bordo vão ter uma interrupção por motivos de festarola e muita comida à mistura. O mocho volta em 2009 para mais um ano de partilha desta blogoesfera que nunca nos deixa de surpreender.

Boas Festas a todos e até para o ano!

India - Diário de Bordo III


A caminho de Jaipur fica Samode, uma pequena vila, longe do rebuliço da grande metrópole que já ficou para trás. Com uma distância de 40Km da cidade rosa de Jaipur fica esta localidade que alberga um dos palácios mais belos que vi na vida…o Palácio de Samode.


No meio do nada e perdido entre vales e montanhas, exactamente a seguir a uma terriola onde ninguém se lembraria de viver, fica esta construção de sonho.

Construído há 400 anos pelos Rawals de Samode, o palácio de Samode é um dos edifícios mais importantes do Rajastão, e foi sendo embelezado e alargado ao longo dos séculos seguintes à sua construção.


Almoçar no palácio de Samode é uma experiência única e não é preciso fechar os olhos para imaginar que recuámos no tempo, basta olhar à nossa volta que temos a sensação que viajámos para séculos atrás. Os cheiros das flores inundam o palácio que mistura a arquitectura Rajput com a Mogol.

Hoje é um hotel, controlado pela mesma família que o mandou construir, aos hóspedes resta desfrutar a beleza extraordinária do edifício, rodeado de montanhas e bom gosto, rectifico; muito bom gosto e encantamento.


A vila de Samode é mínima, mais precisamente uma rua e qualquer coisa, mas vale a pena o passeio a pé, porque o silêncio da vila, fazia falta, mas se pensam que a vaca sagrada não anda por lá, enganam-se, ou não fosse Samode pertença deste país de sonho que é a Índia.



Até sempre Samode, até sempre porque nunca mais a minha memória te vai esquecer!

India - Diário de Bordo II


Saída para mais uma aventura, o horrível a viver paredes-meias com o hotel de 5 estrelas, a rua sem alcatrão é a casa de muitos indianos, que vivem em casebres de lata que constroem imediatamente a seguir às portas dos hotéis onde se pode mais uma vez perceber, que a Índia é também uma realidade dura longe das histórias de encantar de Marajás e Maraninis. E eis que no meio do lamaçal e do caos surgem as mulheres envergando os belos saris como se a cor fosse a fórmula mágica que se tem para disfarçar aquela imundice urbana..

Paragem: Mausoléu de Humayun! Magnifico, ao estilo de Taj Mahal, mas longe de ter a sua magia. Filho de Timur, o fundador do império Mogol na Índia, Humayun ficou sem o poder do império durante 15 anos, e recuperou o mesmo pouco antes da sua morte. A sua viúva principal manda construir este espectacular túmulo rodeado de um imenso jardim cuja água é um dos elementos principais. Com o mausoléu de Humayun, assistimos ao início da construção deste tipo de edifícios que culmina com o espantoso Taj Mahal na cidade de Agra.




No interior do edifício principal, reina a paz em absoluto silêncio quebrado apenas pelo chilrear dos pardais e pela pequena luz que se infiltra pelas belas janelas de pedra esculpidas ao pormenor.



E agora há que sair que ainda é tempo de visitar a grande mesquita Jama Masjid, mas antes há que atravessar novamente o caos pelas ruas de Velha Dehli. Fotos da mesquita não há porque no meio da confusão a máquina ficou no carro que para nós significava o paraíso que nos protegia da loucura frenética dos riquexós , motoretas, vacas, pessoas, macacos e pedintes…muitos pedintes que nos obrigavam a ignorar sob ameaça de termos mais de 50 à nossa volta caso caíssemos na tentação de olhar e dar esmola.

Com o parlamento, porta da Índia e um templo Hindu como visita extra, saímos de Dehli, e ao longe dissemos adeus ao forte vermelho que perdeu primazia face ao templo de Shiva que nos convidou a entrar antes de rumarmos a Samode….a bela vila de Samode.



Om Shanti

India - Diário de Bordo I

Nameste,


Esta foi uma longa viagem, pelo tempo e pelos sentidos…a Índia, a bela e misteriosa Índia que nos abriu as portas, onde para se atingir o belo tem de se passar e viver pelo horror de toda a nossa condição humana.


A Índia, toda ela um continente único cheio de contrastes de cores, cheiros e emoções. A viagem teve início em Delhi, cidade com 18 milhões de habitantes uma das mais antigas de todo o planeta Terra…Delhi onde a arqutectura mogol é predominante, uma cidade que apesar de influenciada não sucumbiu ao império britânico, que muito tentou mas não conseguiu impor as regras e organização tão típica do Ocidente.


A Índia em todo o seu esplendor e poder consegue mudar definitivamente a nossa forma de ver o mundo, de ver os outros, de vermo-nos a nós próprios. Ao fim de cada rua imunda pode estar as portas do belo, do magnífico, do esplendor máximo do bom gosto.


Delhi foi a primeira paragem, a cidade que nos abre as portas ao choque das emoções, onde a pobreza humana se mistura com o cheiro do caril e as cores estrondosas dos saris que são envergados pelas mulheres que orgulhosamente se sentem Indianas.

Primeira visita, complexo Qutb, onde o minarete Qutub Minar feito pelos muçulmanos com as pedras dos templos hindus, reclama para si o troféu do maior minarete do mundo com 72.5 metros de altura e 14.3 metros de diâmetro de base. Este fantástico monumento, foi declarado património mundial da Unesco em 1993 e foi o aviso das maravilhas que daí a diante íamos encontrar.


O Complexo de Qutb está carregado de histórias e ruínas de templos hindus, onde o tijolo vai do laranja ao vermelho sangue, dependendo do jogo de luzes que o Sol oferece. Definitivamente um local a não perder, grandioso e dá para aproveitar o sossego do barulho infernal da cidade, onde as buzinas não se cansam de reclamar direitos.

Sentir pele de galinha é muito fácil na Índia, e eis que a primeira emoção nos chega quando vistamos o local onde Ganhdi foi cremado, não sabemos explicar ,mas a energia do local e o sentimento que nos rebate é gigante, o local não é mais que um belíssimo jardim, e junto a uma grande placa de mármore negro arde a tocha que nos faz lembrar que Gandhi foi um Homem que morreu por uma causa…vencida….


O dia seguinte foi outra dose, mas fica para um novo capitulo deste diário de bordo pode ser?



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