O Rio ficava agora para trás mas uma nova travessia sobre a espiritualidade se abria aos nossos olhos. Estávamos prestes a assistir à verdadeira serenidade da espiritualidade que se respira pela Tailândia.
O templo ali estava, enorme, com o maior pagode do mundo, 110 metros dizem eles cheios de orgulho. Algures nos recônditos do templo encontra-se uma relíquia…um osso do próprio Buddha. Será por isso que torna este templo tão especial? Não sei, apenas agradeço à nossa guia que nos levou lá, quase isento de turismo conseguimos sentir toda a sua magnitude, poder e energia.
Aos monges não se dirige a palavra e eles por seu lado parecem estar num Universo paralelo ao nosso. As cores mais uma vez entram pelos nossos olhos adentro e alojam-se bem na nossa mente. As flores de Lótus complementam o Incenso que arde de forma constante, uma folha de ouro decora o corpo da estátua de Buddha que inicialmente se apresenta de negro e que vai ganhando tons de dourado à medida que as preces e agradecimentos aumentam.
Ali ficamos parados no meio daquela oração que nos enche a maré dos olhos e mesmo sem perceber uma palavra deixamo-nos levar pela ladainha dos sons e pela ternura dos olhos de quem pede ou agradece a Buddha a ajuda no caminho do Karma, sem penitências nem sofrimento agudo, o Budismo inspira e incentiva à bondade sem dividendos a posteriori,
apenas é pedido que sejamos cada vez melhores como seres humanos e que nos respeitemos tal e qual como cada um é.
E assim saímos de alma limpa com dificuldade de virar as costas ao templo que se despede de nós com um até breve…quem sabe se não nesta vida será na próxima.